A Importância do Design Thinking

É raro encontrar pessoas ou empresas que não possuam algum tipo de problema. Por trás de todo o problema estão as pessoas, seja problemas pessoais ou de empresas. As pessoas serão sempre as impactadas e na resolução dos problemas as pessoas serão as responsáveis para encontrar a solução.

Design Thinking tem justamente o Ser Humano como foco, como deve ser, já que as pessoas, como mencionado, serão os impactados. O Design Thinking também busca soluções inovadoras e evita o pensamento tradicional.

Design Thinking é um método para resolução de problemas com foco no Ser Humano, mas que também pode ser utilizado na criação de novos negócios, criação de produtos/serviços e Gestão de Projetos.

Exemplo na área Médica com o Design Thinking

Imagine a situação de um equipamento de exame de Ressonância Magnética. Para quem já fez esse exame sabe que o equipamento é muito barulhento. E as crianças ao realizar esse exame?

A pessoa responsável da General Electric pelo desenvolvimento do equipamento ficou extremamente triste ao ver crianças se recusarem a fazer o exame pelo barulho que assustava as crianças.

A solução imediatista e tradicional seria desenvolver novas máquinas silenciosas.

Design Thinking, como dito, tem foco no Ser Humano e soluções inovadoras. A solução encontrada e de baixo custo foi adesivar o equipamento de Navio Pirata e caracterizar a equipe de enfermagem de Piratas, e o barulho do equipamento foi dito que Piratas estavam correndo no Convés do Navio. Ao final do exame as crianças perguntavam aos seus pais quando retornariam para brincar de piratas.

No pensamento tradicional, haveria um alto custo do desenvolvimento de uma tecnologia para tonar o equipamento silencioso, e já com uma solução inovadora, foi resolvido o problema com o foco no Ser Humano e com uma solução de baixo custo e inovadora.

Figura 1 – Equipamento Adesivado e sala decorada

No vídeo abaixo pode ser verificado o depoimento das pessoas em detalhes desta solução.

Pilares

Para que o Design Thinking seja aplicado há a necessidade que seja desejável, tecnicamente possível e financeiramente viável.

Figura 2 – Design Thinking – Desejável, Financeiramente Viável e Tecnicamente Possível

Valores

Para que o Design Thinking gere resultado é necessário que haja 3 valores, a saber:

Empatia: a questão do Design Thinking ter foco no Ser Humano, quer dizer que as pessoas precisam se colocar no lugar da outra. Sentir as dores das pessoas, saber o que ela pensa, o que ela faz e o que fala. O desenvolvimento de soluções e produtos não podem ser direcionados para as empresas e sim para as pessoas. Ao desenvolver produtos, crie para seus clientes e não procure clientes para seu produto.

Colaboração: uma equipe multidisciplinar é essencial para o sucesso. Pessoas criteriosas e que são extremistas tanto a favor da solução quanto contra são benéfica na condução das atividades, já que haverá diversas ideias e visões que os dois lados podem ter dificuldades de enxergar.

Experimentação: antes de considerar como verdade que a equipe que está trabalhando na solução, é necessário que seja feita a validação e teste junto as pessoas que sejam impactas, através de protótipos. A cada teste são coletados feedbacks e são geradas melhorias na solução ou produto/serviço até que se atinja um nível aceitável e gere valor para o cliente.

 O Duplo Diamante

A Ferramenta mais importante do Design Thinking é o Duplo Diamante. Há varias biografias que nomeiam cada fase do Duplo Diamante, mas a essência e as atividades são as mesmas.

Figura 3 – Duplo Diamante – Fonte: Escola de Design Thinking

Entendimento

A equipe ao aceitar um desafio precisa se desprender de suas crenças e fazer um (DES)entendimento do assunto. Após a realização do entendimento, a equipe precisa se planejar o que será feito na próxima etapa (Observação), roteiro do que será perguntado e observado e sair como uma pergunta do tipo “Como podemos…”.

Figura 4 – Entendimento

Observação

É a etapa em que a equipe vai para “rua”, ou seja, irá interagir com os usuários na qual a equipe está trabalhando para solucionar o problema ou desenvolver o produto. Muitas das vezes são os clientes dos nossos clientes. Nesta etapa precisamos ser investigativos e praticar a empatia, ou seja, se colocar na posição da pessoa impactada, saber o que ela pensa e sente, o que ela fala e faz, o que ela pensa e sente e o que ela vê, além das suas dores e ganhos. Não basta a pessoa pensar do tipo “deixo eu me colocar na posição daquela pessoa”. Isso não vai funcionar. Montar o formulário para uma pessoa preencher também não vai funcionar. A equipe precisa manter uma conexão, olho no olho. Há várias técnicas em biografias a ser aplicada nessa etapa.

Figura 5 – Observação

Ponto de Vista

Com o material que foi coletado na etapa anterior (Observação) a equipe precisa convergir em um Insight que defina a necessidade das pessoas que tiveram interação. Uma ferramenta muito útil nesta etapa que ajuda a equipe a desenvolver um Insight é o Mapa de Persona também conhecido como Mapa de Empatia.

Figura 6 – Mapa da Empatia – Fonte: Blog Luz.vc

Ideação

Com o Insight gerado na etapa “Ponto de Vista”, a equipe irá gerar ideias inovadoras na solução de problemas ou criação de produtos/serviços. Nesta etapa a equipe poderá convidar consultores e especialista para geração de ideias. Todas as ideias são validas e não deve haver julgamento de ideias mirabolantes. Ao final desta etapa, a equipe deverá convergir em uma das ideias que servirá de base para a próxima etapa (Prototipagem).

Figura 7 – Ideação

Prototipagem

Antes da equipe considerar que a ideia que convergiram ser a que realmente irá resolver o problema ou que o produto será bem aceito, precisa ser apresentado as pessoas que serão impactadas, onde serão coletados os feedbacks. Para que seja apresentado as pessoas impactadas, um protótipo precisa ser elaborado, com um material bem barato que pode ser encontrado na sua casa ou escritório, como por exemplo, produtos recicláveis, lego, tubos, etc. Até um fluxograma ou um desenho em Story Telling ou uma encenação também são possíveis.

Figura 8 – Prototipagem

Teste

Após a conclusão do protótipo, é hora de ser apresentado ao público impactado. Com a apresentação do protótipo, é importante coletar o feedback e fazer as melhorias pertinentes.

Figura 9 – Teste

Iteração

As etapas de Design Thinking são iterativas, e talvez seja necessário voltar para algumas das etapas antecessoras até que a equipe considere que o objetivo foi alcançado.

Figura 10 – Iteração

Treinamento

No Brasil há alguns locais de treinamento para realizar cursos de Design Thinking.

Escola de Design Thinking promove aulas gratuitas em São Paulo e no Rio de Janeiro e também cursos regulares ao longo do ano. Inclusive cursos de Design Thinking aplicado a novos negócios e Serviços.

Figura 11 – Escola de Design Thinking

Já a Framework fornece cursos regulares de Design Thinking baseado em Gerenciamento de Projetos. São turmas regulares ao longo do ano em várias cidades brasileiras. E para quem faz o curso inicial de Project Thinking, há também o programa de certificação chamado Master Project Thinking.

Figura 12 – Framework GP

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